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O III Seminário das Mulheres, realizado sábado, reuniu mais de cem trabalhadoras no auditório do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Avícolas e Alimentação Geral de Lajeado e Região (Stial), promotor do evento. Os temas abordados foram “Reforma da Previdência” e “Violência contra a Mulher”.
A programação começou às 8h30min, com a leitura uma mensagem para as mulheres. Em seguida foi formada a mesa oficial com o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do RS (FTIA-RS), Paulo Madeira, a titular da secretaria da Mulher da FTIA, Arlete Schmitz, a titular da secretaria da Mulher do Stial, Ivoni Rufino, e as advogadas especialistas em direito Previdenciário, Patrícia Wurfel e Jane Berwanger.
Ivoni e Madeira deixaram sua mensagem pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, motivo do seminário.
Previdência
Logo no início da palestra, a advogada Jane expressou sua opinião sobre a proposta da Reforma Trabalhista apresentada pelo governo Jair Bolsonaro: “Se a proposta do governo Temer (Michel Temer) era ruim, agora ficou pior”, declarou.
Segundo a especialista, as mulheres são as que terão maiores perdas de direitos, por conta da fórmula para o cálculo da aposentadoria, que combina tempo de contribuição e idade. De acordo com ela, também haverá prejuízo para quem, até então, poderia ter o benefício da aposentadoria especial. “O sentido da aposentaria especial é que o trabalhador ou trabalhadora saia do ambiente insalubre antes de adoecer. Só que com a proposta, terão que trabalhar mais tempo e logo vai aumentar o número de aposentadorias por invalidez”, prevê.
Jane também destacou a forma dos cálculos para aposentadoria e pensão por porte, que reduzirão o valor pago ao trabalhador ou beneficiário se comparado com a fórumula atual.
Outro prejuízo destacado pela advogada está relacionado a desobrigação da empresa de pagar os 40% de multa sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em caso de demissão do trabalhador já aposentado. “As pessoas não querem mais se aposentar, porque têm medo de serem demitidas.”
A palestrante também respondeu várias perguntas feitas pelo público em relação à Reforma da Previdência.
Violência
Fonte: Assessoria Imprensa Stial