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O Dia do Trabalhador sempre foi celebrado pelo Sindicato da Alimentação com atividades esportivas e festa de confraternização. O dia 1º de maio também é o momento oportuno para refletir sobre direitos e condições de trabalho. Em 2020 - e neste ano - não foi e não será possível comemorar a data por conta da pandemia de Covid-19.
Entretanto, refletir, este ano, se torna necessário. Conforme o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Rio Grande do Sul (Ftia-RS), Paulo Madeira, desde 2017 a categoria tem visto um desmonte das conquistas e das leis que protegem os direitos dos trabalhadores. “Com a Reforma Trabalhista, nós acabamos perdendo muitos direitos. Com o atual governo federal, a gente está perdendo mais ainda. Está se discutindo muito a jornada de trabalho. Ao invés de diminuir, os grandes frigoríficos, grandes monopólios, estão tentando aumentar a carga de trabalho.” Paulo Madeira conta que muitos frigoríficos que trabalham de segunda a sexta-feira querem começar a trabalhar de segunda a sábado, reduzindo o descanso do trabalhador e o tempo que ele tem para dedicar à sua família.
“Então, a classe trabalhadora está num momento de reflexão, de escolher qual caminho quer seguir e qual rumo quer tomar. Ou a gente luta, ou a gente vai acabar perdendo todos os direitos.” O sindicalista alerta que, da forma como governo e patrões estão conduzindo as coisas, é bem possível que, muito em breve, o trabalhador passe a receber somente o salário que se tem hoje.
“Ainda bem que os trabalhadores têm um suporte, tem uma ferramenta, que é o sindicato. Com muita luta, o Sindicato consegue manter o piso, consegue manter algumas conquistas dentro dos acordos coletivos ou convenções coletivas. O trabalhador deve ter a consciência da importância que o sindicato tem daqui para frente na sua vida, se não quiser viver somente com o salário mínimo.”
Para o presidente da Ftia-RS, o 1ª de maio é um momento de reflexão, de traçar, e lutar, por um caminho novo , um caminho de manter o que se tem, sem retroceder.
“Que o 1º de maio sirva, para os trabalhadores e trabalhadoras da alimentação, como um momento de muita reflexão. O ano de 2022 vem se aproximando, e a gente vai ter que decidir qual é o projeto que se quer. Se a gente quer um projeto que nos tira direitos ou se queremos um projeto político que venha fortalecer e valorizar os direitos da classe trabalhadora.”
Fonte: Assessoria Imprensa Stial